Moradores das quadras 27 e 28 já podem se conectar na rede
As obras de construção do sistema de esgotamento da Área de Regularização de Interesse Social (Aris) Primavera, em Taguatinga, foram concluídas. Com isso, a liberação para que os moradores façam a ligação de suas casas na rede de esgoto da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) já começou a acontecer.
Os moradores das quadras 27 e 28 receberam as visitas de orientação informando quanto aos procedimentos necessários para que possam ligar a rede de suas casas adequadamente no sistema de esgoto implantado. No momento da visita, o morador recebeu um comunicado sobre a autorização para utilização do sistema de esgoto e indicando o prazo de 30 dias para que o morador faça o procedimento de desativação da fossa e interligação das instalações de sua residência à caixa de conexão construída dentro do seu lote.
A Caesb ressalta que somente podem se interligar na rede os moradores que receberam o comunicado de liberação para a utilização do sistema. Alguns lotes necessitam de adequações e alguns trechos de redes podem precisar ser complementados. Esse procedimento evita que ligações possam causar extravasamentos e transtornos para a comunidade local.
O sistema de esgotamento do Setor Primavera é composto por redes coletoras públicas e ramais condominiais interligados à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior. Ao todo, são 17 km de rede que beneficiam cerca de 4,5 mil moradores. O investimento foi de cerca de R$4 milhões nessa obra que dará fim à necessidade de uso de fossas sépticas.
Crédito da foto: Cristiano Carvalho (Caesb)
População é a maior aliada na preservação deste bem
O período de estiagem já começou no Distrito Federal e deve se prolongar até outubro. O volume de água dos reservatórios que abastecem a capital está dentro do nível de normalidade para o período, mas a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) sugere cuidados simples e que podem ser seguidos por todos para a preservação da água.
Algumas dicas sugeridas pela Companhia são:
O diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Pereira, esclarece que o volume de água acumulado nos reservatórios deve suprir toda a demanda de água durante o período de estiagem mas, como o volume é limitado, o uso deve ser consciente, moderado e responsável. “A segurança hídrica que temos é fruto de uma série de investimentos feitos pela Caesb nos últimos anos, mas é essencial que a população seja a principal aliada na preservação deste recurso”, defende o diretor.
Investimentos
A Caesb trabalha de forma ininterrupta para garantir a segurança hídrica no DF, tanto em termos de quantidade como de qualidade. A Companhia se preparou para o enfrentamento do período de estiagem com o aumento da sua capacidade de produção de água com os sistemas Bananal (700 l/s), Lago Paranoá (700 l/s), Gama (320 l/s) e Corumbá (1.400 l/s), totalizando um incremento de 3.120 l/s.
Desde 2019, a Companhia vem realizando investimentos no valor de R$ 1,193 bilhão (junho/2023), que incluíram melhorias com o objetivo de garantir o fornecimento e a qualidade da água captada de cinco subsistemas produtores e que abastecem mais de 99% da população do Distrito Federal, somando aproximadamente 3 milhões de habitantes. Nos últimos doze meses, a Companhia produziu 265.354 milhões de metros cúbicos de água, monitorada e testada regularmente em seus laboratórios próprios, após passar pelas 13 Estações de Tratamento de Água (ETAs), incluindo a ETA Corumbá, e distribuída por uma extensa malha de tubulações de mais de 9.778 quilômetros por toda a extensão do DF.
O resultado de todos esses investimentos permitiu à Caesb atingir as metas de universalização constantes do Marco Legal do Saneamento que prevê atender 99% da população com água potável e coletar e tratar 90% dos esgotos produzidos pelos imóveis até 2033. A Companhia se orgulha de já ter alcançado esses índices ainda em 2021 e se prepara para ampliar os serviços prestados com a previsão de investir mais R$ 2,8 bilhões no período de 2023 a 2027.
Vídeo do Diretor de Operação e Manutenção da Caesb - Carlos Eduardo Pereira
Crédito do vídeo: Cristiano Carvalho (Caesb)
Crédito da foto: Marco Peixoto (Caesb)
Sistema de membranas por ultrafiltração utilizado na estação é considerado referência no Brasil
Inaugurada em 2017, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte recebe visitantes todos os meses. Em média, 20 pessoas visitam a ETA mensalmente. O interesse acontece porque a Estação, que fica na ML 4 no Setor de Mansões do Lago Norte, tem como diferencial a captação de água por meio de balsas flutuantes e a utilização do sistema de tratamento por membranas de ultrafiltração, que é uma das mais modernas tecnologias usadas para tratar água.
Na semana passada, por exemplo, técnicos do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais estiveram na Caesb para conhecer o trabalho de despoluição do Lago Paranoá realizado pela Companhia. A experiência da Caesb com a despoluição, que havia sido relatada pelo diretor de Operação e Manutenção da Companhia, Carlos Eduardo Borges, durante uma audiência pública realizada pela CPI da Lagoa da Pampulha, em Minas Gerais, despertou o interesse das autoridades. Eles quiseram conhecer os processos utilizados que permitiram à Caesb tornar o Lago Paranoá, antes poluído, uma fonte de abastecimento para o Distrito Federal. A ETA Lago Norte foi visitada por ser a estação responsável pela captação e pelo tratamento da água captada no Lago.
O sistema de tratamento de água de Ultrafiltração por Membranas tornou-se referência no Brasil e apresenta várias vantagens, como o elevado nível de remoção de contaminantes por um mecanismo simples de exclusão por tamanho. A membrana apresenta um tamanho de corte de 0,030 micros (para se ter uma ideia do tamanho, divida 1 milímetro em 30 mil pedaços), o que a torna capaz de reter microorganismos (vírus, bactérias, protozoários como Giardia e Cryptosporidium), partículas, sólidos em suspensão, entre outros, gerando uma água tratada de excelente qualidade. “Esse sistema dá uma segurança muito grande para a população, independente da época do ano. Nos métodos convencionais, há variação de resultados a depender do período e é preciso usar mais produto químico”, explica a engenheira química Cláudia Simões, coordenadora de Operação da Caesb responsável pelo sistema. O uso de produtos químicos se restringe ao processo de limpeza das membranas e aos itens obrigatórios para garantir a potabilidade da água, segundo a legislação. A ETA Gama também utiliza o sistema.
A ETA Lago Norte tem a capacidade de captar, tratar e distribuir 700 litros de água por segundo e abastece o Lago Norte, o Paranoá, o Itapoã, Varjão, o Taquari e parte de Sobradinho e da Asa Norte.
Crédito da foto: Cristiano Carvalho (Caesb)
Para garantir saneamento a 90 mil moradores, foram investidos mais de R$ 67 milhões na construção de seis estações elevatórias e de 190 mil metros de tubulações nos três trechos da cidade
Agência Brasília
Até a última edição da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), coletada entre maio e dezembro de 2021, 30,4% da população do Sol Nascente/Pôr do Sol contava com fossa séptica em casa. Dezoito meses depois, a realidade é completamente diferente. A rede de esgotamento chegou a 90 mil moradores da cidade, que, atualmente, tem 93.217 habitantes, de acordo com o mesmo estudo.
Para garantir saneamento básico à população da cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu R$ 67.689.396,90 desde a institucionalização da região administrativa em agosto de 2019. As obras foram divididas em sete contratos para atender os trechos 1, 2 e 3. Atualmente, os trabalhos se concentram no Trecho 3.
O vigilante Merci Alves da Paz tem 20 anos de Sol Nascente e diz que já percebeu as melhorias na cidade nos últimos anos. “Era tudo fossa, não tinha esgoto. Agora tem e melhorou demais. O governo realmente resolveu esse problema. Estamos falando de esgoto, mas percebo uma benfeitoria geral”, destaca.
Para tanto, foram construídos 192 mil metros de rede e seis estações elevatórias de esgoto bruto (EEBs) da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), além de ter sido recuperado o interceptor que conduz todo o material para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior, em Samambaia. Além disso, foi feita a rede de abastecimento de água.
A rede de esgoto substituiu as fossas, enquanto as estações elevatórias têm o objetivo de transportar todo o esgotamento coletado que está abaixo do interceptor, bombeando-o para um ponto mais elevado até ser transportado ao tratamento. O dispositivo foi utilizado devido à topografia desfavorável da cidade, com um relevo que precisou ser substituído por conta da concentração de água.
A característica geográfica do Sol Nascente/Pôr do Sol foi apenas um dos desafios da implantação do saneamento básico. “Tínhamos um planejamento inicial da obra. Só que, com o acelerado crescimento da cidade, tínhamos que compatibilizar o projeto ao mesmo tempo que a obra estava em execução. Isso dificultou bastante”, explica o gerente de Implantação de Obras Oeste-Sul da Caesb, Mauro Coelho. “Algumas passagens por onde a gente podia passar a rede estavam ocupadas por casas ou estavam em áreas de preservação ambiental”.
O educador social Mauro Ferreira dos Santos é morador do Trecho 2 há 15 anos e lembra que, até pouco tempo, ninguém tinha esgoto encanado na cidade, situação que causava alguns transtornos. “A gente usava fossa. Quando passava um tempo, ela enchia e tínhamos que chamar o caminhão para esgotar. Hoje em dia está bom, chegou o esgoto, temos a água e acabou a fossa”, comemora.
Benefícios
As adaptações no projeto foram feitas para atingir o marco do saneamento, que é a universalização do atendimento de esgoto e de água. “A chegada desse serviço juntamente com a infraestrutura da cidade, com pavimentação e drenagem, traz para o local uma melhoria na qualidade de vida das pessoas”, classifica o gerente da Caesb.
“Além disso, aumenta a possibilidade do comércio se desenvolver e melhora a locomoção dentro da cidade. Era muito ruim os moradores terem que passar pelo meio do esgoto e das fossas que estavam extravasando”, emenda.
Para o administrador de Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, o saneamento básico é de suma importância, uma vez que evita a contaminação do solo e previne doenças. “Quando temos uma cidade com esgoto a céu aberto, além de deixar uma imagem mais feia, acaba causando doenças para a comunidade. Esse trabalho da Caesb traz dignidade, humanização e acima de tudo autoestima para os moradores de cada setor que está recebendo a infraestrutura”, define.
Crédito da foto: Geovana Albuquerque (Agência Brasília)
Analistas ambientais participaram de treinamento para fiscalização de obras de saneamento
Representantes do Comitê Nacional da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (CBH Paranaíba) e da ABHA Gestão de Águas visitaram neste mês duas unidades operacionais da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) para participar de um treinamento sobre fiscalização de obras de saneamento, em uma parceria estabelecida entre os dois órgãos. Os analistas ambientais Gustavo Ragassi de Assis Couto, Rebeca Golinelli e Matheus Castro Oliveira estiveram na Estação de Tratamento de Esgoto ETE Melchior e na Travessia do Córrego do Cortado, que hoje passam por obras de melhorias.
O coordenador da Gerência de Operação do sistema Melchior, Fábio Joan da Silva, apresentou aos técnicos a estrutura da Estação de Tratamento de Esgoto ETE Melchior, que deverá passar por obras de melhorias e ampliação e cujos projetos estão em fase preparatória. “Os investimentos do Comitê de Bacias serão utilizados nas obras do Polimento Final da ETE Melchior, unidade que aumentará a segurança operacional da Estação, contribuindo para a preservação da qualidade da água do rio Melchior”, afirmou Fábio Joan da Silva. A ampliação da ETE Melchior utilizará recursos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos nos rios de domínio da União e recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
No segundo local visitado, a Caesb está remanejando o Interceptor Melchior em Taguatinga, com uma nova travessia sobre o Córrego Cortado, e instalando vias que facilitarão o acesso das equipes técnicas para manutenção e operação da rede coletora. Por ser uma grande obra, ela foi escolhida para demonstração da parte prática do treinamento em fiscalização de obras de saneamento básico, ministrado aos técnicos do Comitê. “Aqui podemos apresentar as boas práticas em fiscalização e gestão de obras públicas praticadas pela Caesb, consideradas uma das melhores do Brasil. Recebemos muitos elogios de várias empresas – que trabalham com outras companhias de saneamento ou órgãos governamentais – sobre o nosso trabalho e a nossa atuação, quando vêm executar algum serviço para a Companhia”, comemorou Elessandro Gonçalves, coordenador de Implantação de Obras Oeste Sul da Caesb.
Composição do Comitê
O CBH Paranaíba possui 45 membros titulares e 45 membros suplentes, desses 14 representam o Poder Público, 18 os usuários de recursos hídricos e 13 a sociedade civil. No mandato para o biênio 2022-2024, a Caesb ocupa a Vice-Presidência do Comitê, com a participação do Engenheiro Florestal da superintendência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Companhia, Fábio Bakker.
A Associação Multissetorial de Usuários de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas (ABHA Gestão de Águas), que já exerce a função entidade delegatária do CBH Paranaíba Federal, agora também realiza a função de secretaria executiva do CBH Paranaíba no Distrito Federal. Esse apoio ao comitê local no DF foi originado em chamamento público da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa). Assim que a cobrança pelo uso dos recursos hídricos for instituída também nos rios de domínio distrital, novos recursos serão disponibilizados para gestão das águas no Distrito Federal.
A visita da ABHA Gestão de Águas às unidades da Caesb foi primordial para os técnicos aprimorarem seus conhecimentos em gestão e fiscalização de contratos. Também foi possível vivenciar os protocolos e procedimentos executados pela Companhia na área de Saneamento Ambiental, principalmente em relação aos sistemas de esgotamento sanitário. Por fim, a visita na ETE Melchior permitiu observar na prática a capacidade e toda a estrutura de operação do tratamento de esgoto realizada atualmente, além de verificar in loco as próximas ações de investimentos provenientes da cobrança do uso dos recursos hídricos do CBH Paranaíba.
Crédito da foto: Cristiano Carvalho (Caesb)
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