Lei autoriza investimentos externos para saneamento no Distrito Federal
A população do Distrito Federal será beneficiada com importantes investimentos em saneamento básico para os próximos cinco anos. O Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, em dois turnos na tarde desta terça-feira (24), o Projeto de Lei nº 696/2023, que autoriza a Caesb a contrair uma operação de crédito externo junto do KfW – Entwicklungsbank – Banco de Desenvolvimento Alemão.
Com o investimento aprovado de R$ 331,25 milhões de reais, a Caesb poderá realizar melhorias nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Melchior, Paranoá, Recanto da Emas, Brazlândia, Gama, Norte e Sul, a um valor de R$ 273,25 milhões. Nos próximos cinco anos, também serão investidos R$ 49,5 milhões para ações de redução do índice de perdas de água e mais R$ 8,5 milhões para investimentos na Companhia. Tais iniciativas irão permitir a Caesb atender ao Plano Distrital de Saneamento Básico do DF (PDSB), ao Plano de Exploração, às Metas Regulatórias, assim como aos objetivos do Planejamento Estratégico e do Plano de Negócios da Empresa.
Para o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, essa conquista na CLDF é de suma importância para a população do Distrito Federal e para a Companhia. “Essa aprovação foi resultado de um Projeto de Lei encaminhado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. É preciso agradecer também aos deputados pela compreensão e pelo voto favorável. Esses recursos irão permitir a implementação de um conjunto de ações que vão aumentar a capacidade da Companhia em tratar os esgotos, melhorar a eficiência energética nas Estações de Tratamento de Esgotos, reduzir as perdas no Sistema de Abastecimento de Água e diminuir os custos com energia elétrica na Companhia. Tudo isso será feito atendendo aos critérios de proteção do meio ambiente e combate às mudanças climáticas”, comemora o presidente.
Crédito das fotos: Cristiano Carvalho e Marco Peixoto (Caesb)
ETE Sul - Cristiano Carvalho (Caesb) |
ETE Norte - Marco Peixoto (Caesb) |
Comunidades serão alertadas para evacuação em caso de emergência na Barragem
A Caesb inicia na próxima semana a instalação de 64 placas orientativas e torres de alarmes sonoros (sirenes) para sinalização de áreas abaixo da Barragem do Descoberto, que fazem parte do perímetro de segurança do reservatório. O sistema de alerta será implantado em propriedades rurais ribeirinhas do Rio Descoberto e em comunidades próximas, localizadas no Distrito Federal e no estado de Goiás (Águas Lindas). Nos próximos dias, serão realizados testes sonoros para verificação dos equipamentos.
Tais medidas fazem parte do Plano de Ação de Emergência (PAE) da Barragem do Descoberto para a evacuação segura da população potencialmente afetada em caso de emergência. O Plano está previsto na Política Nacional de Segurança de Barragens e em Resolução da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). O investimento da Caesb neste sistema de alertas é de R$ 1.888.733,75.
Fabricadas em material fotoluminescente (cuja pintura brilha no escuro), as novas placas informarão as rotas de fuga, assim como os pontos de encontro para salvamento por parte da Defesa Civil. As placas serão instaladas nas chácaras ao longo do Rio Descoberto e em trechos da rodovia BR-070, próximo à Barragem, conforme indicação do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Essa região foi definida como Zona de Autossalvamento, onde a população deverá ser capaz de buscar locais seguros, após seguir as orientações das placas, em caso de emergência no reservatório.
A Caesb, com o apoio da Defesa Civil do DF, promoveu o cadastramento dessas populações e realizou um seminário de integração com representantes de 35 órgãos dos governos do Distrito Federal e de Goiás, das prefeituras de Águas Lindas e de Santo Antônio do Descoberto (GO) e das Defesas Civis das duas unidades da federação. A próxima etapa de implantação do PAE será a realização de um simulado com a população local para treinamento.
O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, explica a importância dos cuidados com os moradores das comunidades da região abaixo da Barragem do Descoberto: “Temos trabalhado incansavelmente para manter a segurança de todos aqueles que estão na área próxima ao nosso maior reservatório. Por isso, estamos cumprindo mais uma etapa da Política Nacional de Segurança de Barragens, que prioriza a atenção com as pessoas e a preservação das estruturas que poderiam ser afetadas”, afirmou.
Histórico
A Barragem do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 60% da população da capital federal, fica às margens da BR-070 e foi inaugurada em 1974, dando origem a um lago de 12,5 km² de área de espelho d’água e capacidade de armazenar cerca de 86 milhões de m³. O Lago Descoberto faz parte do sistema integrado de abastecimento, operado pela Caesb, e abastece as cidades de Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires, Pôr do Sol e Sol Nascente.
Veja os modelos das placas:
Placa Rota de Fuga (Sentido da seta para direita) |
Placa Rota de Fuga (Sentido da seta para esquerda) |
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Placa Zona de Autossalvamento |
Placa Ponto de Encontro 1 |
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Placa Ponto de Encontro 2 |
Placa Ponto de Encontro 3 |
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Placa Ponto de Encontro 4 |
Placa Ponto de Encontro 5 |
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Placa da área de segurança |
Dimensões da Placa |
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Construção da Subadutora de Água Tratada Gama, autorizada na manhã desta terça (14), vai reforçar abastecimento da região de São Sebastião, Jardim Botânico, Lago Sul e porção leste do DF
Reportagem publicada originalmente na Agência Brasília em 14 nov. 2023
no endereço: https://agenciabrasilia.df.gov.br/2023/11/14/investimento-de-r-90-milhoes-amplia-seguranca-hidrica-de-340-mil-moradores/
O fornecimento de água para as regiões de São Sebastião, Jardim Botânico e Lago Sul vai ser ampliado. Uma ordem de serviço que autoriza a construção da Subadutora de Água Tratada (SAT) Gama foi assinada, na manhã desta terça-feira (14), pelo governador Ibaneis Rocha. Com investimento de quase R$ 90 milhões, a obra vai aliviar o sistema Torto/Santa Maria, responsável pelo abastecimento de 11% da população do Distrito Federal.
A nova subadutora irá interligar a Estação de Tratamento de Água (ETA) Corumbá à região do Jardim Botânico e adjacências. Serão 25,5 km de tubulações em ferro fundido, com diâmetros variando de 600 mm a 900 mm e uma vazão de 700 litros por segundo. Os dutos serão implantados ao longo da BR-251 e da DF-001, saindo do reservatório do Gama e chegando até os reservatórios do Lago Sul e do Jardins Mangueiral, em São Sebastião.
A ampliação do fornecimento de água vai beneficiar mais de 340 mil moradores do Setor Habitacional Tororó, Lago Sul, São Sebastião e Jardim Botânico, incluindo os futuros residentes do loteamento Aldeias do Cerrado, complexo urbanístico planejado pelo GDF e localizado no Núcleo Rural Nova Betânia. A construção da subadutora será iniciada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) ainda neste mês de novembro.
“A região leste é uma das que mais crescem no Distrito Federal. Tanto que temos dado uma atenção muito especial à área implementando serviços públicos como escolas, creches, asfaltamento, duplicação de vias e o viaduto que nós estamos construindo no Jardim Botânico”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. “Agora vamos poder levar a segurança hídrica para toda essa população.”
O líder do Executivo ressaltou que a construção da SAT Gama faz parte do Sistema Corumbá. Inaugurado em abril de 2022, em parceria com o governo de Goiás, o complexo de obras permitiu a captação de água no reservatório de Corumbá IV, como forma de preservar o volume do Rio Descoberto e ampliar o abastecimento de água tratada da região sul do DF, abrangendo Santa Maria, Gama e Recanto das Emas, entre outras cidades.
Desenvolvimento
Muitos moradores da região leste do DF são abastecidos por sistemas de pequeno porte, que captam água de córregos e poços artesianos de baixa vazão. Um fornecimento que fica bastante prejudicado na época da estiagem. De acordo com o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, a nova subadutora trará mais consistência ao abastecimento da área localizada atrás do Lago Sul.
“Essa não é só uma obra de engenharia. É um passo muito grande em direção a um melhor abastecimento para milhares de moradores de São Sebastião, Morro da Cruz, Tororó, Mangueirão, Jardim Botânico e outras regiões”, garantiu Luís Antônio. “A subadutora Gama vai, a qualquer tempo, garantir o abastecimento da região leste do DF com a melhor água do Brasil.”
A empresária Maria José Feitosa, 53 anos, está ansiosa para ver a subadutora pronta. Ela mora no Tororó há 24 anos e já sofreu muito com racionamento de água. “Depender de poço artesiano é difícil. Agora mesmo, no meu condomínio, já avisaram a todos que o consumo precisa ser reduzido por causa da seca”, contou. “A ampliação do abastecimento vai trazer mais conforto, além de valorizar bastante a nossa região.”
Administrador do Jardim Botânico, Aderivaldo Cardoso, acredita que os condomínios residenciais não serão os únicos beneficiados com a construção da SAT. “Essa ampliação do fornecimento de água vai estimular o desenvolvimento econômico da região”, apontou. “Temos algumas áreas com intensa produção agrícola. Além disso, a nossa área tem uma capacidade forte de crescer como potência industrial.”
Crédito das fotos: Cristiano Carvalho (Caesb)
Facilidade evita multas por impedimento de acesso
Pensando sempre no conforto e satisfação de seus usuários, a Caesb oferece o serviço de autoleitura, onde o próprio usuário fornece a leitura do medidor do hidrômetro. A medida evita os transtornos causados pela impossibilidade de acesso dos colaboradores da Empresa para realizar a leitura.
Para usufruir do serviço, o usuário deve realizar o cadastro no site da Caesb. Não é necessário apresentar documentação para solicitar o serviço, no entanto, o cadastramento só é possível para as inscrições na qual o usuário é atual responsável financeiro. O usuário deve informar a leitura encontrada no hidrômetro no período de até três dias de antecedência da leitura programada e a data programada em si. A conta processada para pagamento estará disponível no site cinco dias úteis após a informação da leitura.
Quem optar por essa facilidade deve ficar atento pois, nos meses de abril e outubro, é necessário permitir o acesso dos leituristas ao hidrômetro para vistoria do equipamento e confirmação de registros. Essa validação será feita na data prevista para a execução da leitura. Caso deixe de informar a leitura por dois meses consecutivos ou não permita o acesso ao imóvel nos meses pré-determinados, perderá o cadastro no sistema de autoleitura e só poderá realizar uma nova solicitação após seis meses.
O diretor de Comercialização da Caesb, Sérgio Lemos, explica que uma resolução da Adasa determina que o usuário seja multado caso a Caesb não consiga realizar a leitura do hidrômetro. “A multa por impedimento é aplicada após a segunda ocorrência consecutiva de falta de acesso. Os motivos pela falta de acesso são aqueles de responsabilidade do usuário, como portão fechado com hidrômetro interno, abrigo do hidrômetro trancado, ausência de porteiro para permitir o acesso, entre outros”, esclarece o diretor. Sérgio Lemos explica que em caso de reincidência frequente, há a possibilidade de remanejamento do hidrômetro e, não havendo manifestação em sanar a falta de acesso, há a possibilidade de suspensão do fornecimento de água até que se proceda com o remanejamento do hidrômetro para área acessível.
O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, reforça que, sempre na primeira ocorrência de impedimento de leitura, o usuário é comunicado sobre a necessidade de permitir o acesso no mês seguinte para não sofrer a penalidade. “Todos os impedimentos são fotografados para que a Empresa tenha a comprovação do motivo da falta de acesso. A Companhia orienta que os clientes que já tiveram a cobrança de multa lançada em conta podem solicitar o agendamento de leitura antes do próximo faturamento e, nesse caso, terão a possibilidade de revisão da multa”, explica o presidente.
19 mil quilos de material foram coletados
A Caesb realizou em novembro a 2ª coleta de resíduos especiais de 2023 nas Estações de Tratamento de Água Rio Descoberto e Brasília, na Estação de Tratamento de Esgotos Melchior e na Unidade da Caesb do SIA. O material descartado é gerado principalmente pelos laboratórios de análises da Companhia, Estações de Tratamento de Água e de Esgotos, além da área de manutenção predial, industrial e mecânica da Empresa.
Nesta coleta, foram recolhidos 260 quilos de estopas, 120 quilos de peças contaminadas por esgoto, 11 quilos de pilhas e 1.942 lâmpadas inteiras. Ao todo, foram recolhidos 18.927kg de resíduos contaminados, incluindo papel, papelão, vidros e plásticos contaminados por produtos químicos, resíduos de produtos químicos e microbiológicos, pilhas e baterias, estopas, máscaras e luvas contaminados, lâmpadas fluorescentes, compactas eletrônicas e mistas.
Desde 2018, a Caesb recolhe resíduos especiais e destina corretamente esse material como parte do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Companhia. O gerente de Gestão Ambiental Corporativa da Caesb, Carlo Renan de Brites, esclarece que desde que a coleta foi implantada de forma sistemática, as áreas envolvidas são instruídas sobre todas as etapas para o descarte adequado dos resíduos, incluindo o armazenamento temporário. “O principal depósito fica na ETA Brasília. No caso das lâmpadas, o armazenamento é realizado no depósito da Caesb, no SIA. Destaca-se a participação dos colaboradores da ETE Melchior na implantação de depósito temporário para armazenamento de resíduos especiais”, explica o gerente.
A soma das duas coletas realizadas no ano de 2023 alcançou mais de 28 mil quilos de resíduos recolhidos. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, chama a atenção para o fato de que o descarte incorreto dos materiais pode acarretar prejuízos ao meio ambiente, como a contaminação e consequente degradação, além de ser um risco para a saúde e para o bem-estar das pessoas. "A implantação de uma rotina de coleta e destinação final ambientalmente adequada de resíduos especiais contribui com a melhoria e a evolução constante do processo de Gestão Ambiental existente na Companhia", explica.
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