Estação de Tratamento Rio Descoberto (ETA RD) utiliza anualmente cerca de 200 toneladas de cal virgem
Empregados da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) foram além da produção e do tratamento de água e tiveram uma ideia inovadora: passaram a utilizar cal hidratada, que sobra no processo de correção do pH da água produzida, para pintar as unidades da Companhia. Com a iniciativa, 8 mil metros quadrados de meios-fios, blocos e paredes já foram revitalizados. A ação tem permitido, além de economia financeira para a Caesb, benefícios para o meio ambiente, já que o produto está sendo reutilizado, ao invés de ser descartado.
Na Caesb, a cal é usada no tratamento de água para reduzir possíveis efeitos de corrosão, fator indesejável quando a água é ácida. Durante o processo de extinção da cal virgem, há uma sobra da borra, que, misturada novamente à água, pode ser utilizada para pintura. O material tem sido retirado da Estação de Tratamento Rio Descoberto (ETA RD), onde são utilizados, anualmente, cerca de 200 toneladas de cal virgem.
Os responsáveis pelo projeto são o coordenador da ETA RD, José Ricardo Pereira Ramos, o analista de Sistemas de Saneamento, Maurício Assunção Cavalcante, e a coordenadora Renata Badini. Eles tiveram a colaboração da supervisora Noêmia Célia Milhomem, e da agente de Operação de Sistemas de Saneamento, Zelândia de Morais, além do apoio do gerente dos Sistemas Produtores de Água Descoberto e Brazlândia, Wellington Ribeiro Freitas.
"Mesmo esses resíduos sendo reaproveitados para as pinturas, a Caesb está empenhada em minimizar o uso da aplicação da cal virgem no ambiente de trabalho, evitando a geração de poeira, por exemplo. Por isso, estamos trabalhando com processos de automação nas unidades, com alternativas de substituição da cal", esclarece Maurício Cavalcante.
O trabalho de pintura foi feito no prédio e nos jardins da ETA RD, além das unidades de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo I e II, Recanto das Emas, Gama, Park Way, Samambaia e Santa Maria. No total, 15 trabalhadores passaram dois meses realizando o trabalho.
Crédito das fotos: Cristiano Carvalho (Caesb)